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Será o chocolate um afrodisíaco?

Ao longo da história uma série de virtudes foram atribuídas ao chocolate, nomeadamente o poder afrodisíaco. Desde a bebida amarga dos astecas até aos dias de hoje o chocolate foi visto como fonte de prazer e tornou-se num símbolo do amor associado ao Dia de S. Valentim.

São muitos os relatos que associam o consumo de chocolate à melhoria da performance sexual. Eis alguns exemplos. O imperador asteca Montezuma (1502- 1520), tinha por hábito beber grandes quantidades de cacau com especiarias antes de enfrentar o seu harém de esposas. Embora fosse uma bebida amarga, todos acreditavam nas suas virtudes já que era muito apreciada por um homem poderoso que tinha de demonstrar a sua proeza sexual perante as suas várias esposas.

Quando os espanhóis descobriram o cacau, essas eventuais qualidades afrodisíacas cruzaram os oceanos e espalharam-se pela Europa, fazendo com que a bebida fosse muito apreciada junto da aristocracia. A Marquesa Pompadour, amante do rei Luís XV, alimentava-o com grandes doses de chocolate para despertar as suas paixões. Casanova, conhecido pelo seu apetite sexual, também bebia chocolate pelas suas qualidades estimulantes.

Com a introdução do chocolate sólido, no séc. XVIII, as virtudes afrodisíacas continuavam intimamente ligadas ao chocolate.

Mas afinal o que é um afrodisíaco?

De acordo com o dicionário, um afrodisíaco é uma substância ou produto capaz de estimular o desejo sexual. Apesar desta característica ser associada ao chocolate desde sempre, o chocolate não é um afrodisíaco. Na realidade, o chocolate como afrodisíaco não passa de um mito.

Diversos estudos demonstraram que o chocolate é rico em triptofano que contribui para a produção de seretonina, um neurotransmissor cerebral relacionado com o bem-estar e o humor. É também rico em feniletilamina, que estimula a libertação de endorfinas e dopamina, que pode provocar sensação de excitação e bem-estar.

Mas, infelizmente, apesar da presença de triptofano e feniletilamina no chocolate, as quantidades existentes num pedaço de chocolate não são suficientes para causar alterações significativas na química cerebral. Provavelmente, as qualidades afrodisíacas do chocolate são meramente psicológicas.

O chocolate pode não ser afrodisíaco, mas pode ajudar as pessoas a apaixonarem-se e a sentirem-se felizes. Quando recebemos um presente, como uma caixa de bombons, o nosso cérebro ativa o centro de recompensa e liberta dopamina, provocando em nós uma sensação de bem-estar e excitação. O próprio degustar do chocolate, que é rico e sedoso, provoca uma sensação de prazer.

Foi a partir de 1840, que o chocolate apareceu associado ao dia dos Namorados, quando Richard Cadbury resolveu vender bombons em caixas em forma de coração, decoradas com rosas e cupidos, que ele próprio desenhou. O sucesso foi tal que ainda hoje é o presente tradicional do dia de São Valentim, em todo o mundo. Remete-nos para amor, paixão, sensualidade, carinho e alegria. Agrada a todos e nunca sai de moda.

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